Defesa de interesses do segmento industrial, fortalecendo as bases desenvolvimento para a construção de uma indústria forte, dinâmica e competitiva
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Buscar financiamento para investimentos em infraestrutura, revisar a matriz econômica do Distrito Federal e reduzir a interferência do governo no setor privado foram os principais pontos citados por Ruy Coutinho do Nascimento ao assumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do DF. A solenidade de transmissão do cargo foi na manhã desta quinta-feira (3), na sede do órgão, no Setor Comercial Norte.03 ruy coutinho nilson carvalho

Coutinho agradeceu o antecessor, Valdir Oliveira, pela transparência durante a transição e falou da importância não só da geração de vagas de trabalho, mas também da elevação do nível do emprego. “Precisamos pensar em novas oportunidades, mudando o padrão do modelo econômico no Distrito Federal. Historicamente o DF tem o setor público por base, sendo fundamental para que o PIB [produto interno bruto] de Brasília esteja tão acima da média nacional. De qualquer forma, é importante que a nossa matriz econômica seja revista. Precisamos questionar quais são as vocações do DF.”

A um público formado por representantes do setor produtivo e membros do governo empossado em 1º de janeiro, o novo secretário defendeu o mínimo de interferência do Estado na rotina das empresas. “A presença do governo de forma exacerbada no setor privado é tóxica, só atrapalha. A necessidade da ação do governo ocorre somente nos setores essenciais, como saúde, educação e segurança. Temos que deixar os empresários trabalharem sossegados”, afirmou Coutinho.

O novo titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico também falou da necessidade de levar infraestrutura às áreas de desenvolvimento econômico (ADEs) de forma ordenada. “Há um empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento, no valor de US$ 71 milhões, para dar melhor infraestruturas às ADEs, como o Polo JK. Esse investimento é importante para uma atuação macro, para gerar empregos. Ações micro, como a doação de terrenos, não resolvem o problema.”

Ruy Coutinho sucede a Valdir Oliveira, que estava à frente da pasta de Desenvolvimento Econômico desde abril de 2017. O ex-secretário acredita que projetos já desenvolvidos possam ser absorvidos pela nova gestão. “Passamos por uma transição muito produtiva, com a oportunidade de dar ao secretário Ruy ciência de nossas competências, do quadro técnico e de ações em andamento e planejadas, o que dá aos empresários a tranquilidade de que os projetos importantes terão continuidade”, disse.

O presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Jamal Jorge Bittar, compôs a mesa da solenidade, representando o setor produtivo, e afirmou que a escolha de Ruy Coutinho para liderar a secretaria foi recebida de forma muito positiva. Ao tratar da necessidade urgente da ampliação do setor privado na base econômica local, citou a queda da participação da indústria no PIB do DF nas últimas duas décadas, comparando a Goiás. “A participação industrial do DF no PIB já foi de mais de 9%, enquanto Goiás tinha 12%. Vinte anos depois, nossa participação caiu abaixo de 5% e a de Goiás bateu os 22%. Brasília tem boa situação logística, alta renda, mas ao mesmo tempo a desigualdade social muito grande. Tenho certeza de que o crescimento econômico, especialmente com base no desenvolvimento industrial, é a forma de reduzirmos essa condição.”

Na solenidade, o vice-governador Paco Britto garantiu que os órgãos do governo estarão abertos ao empresariado. “Vamos facilitar o acesso às linhas de crédito, trazendo o FCO [Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste] para o Banco de Brasília”. Atualmente, a operação do FCO é feita pelo Banco do Brasil. Também compôs a mesa a deputada distrital Jaqueline Silva (PTB).

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Texto e fotos: Nilson Carvalho/Sistema Fibra
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra

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