FIBRA
Getting your Trinity Audio player ready...
|
A Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) promoveu na manhã de quarta-feira, 4 de outubro, o seminário Aspectos Ambientais como Fator de Competitividade Internacional. Iniciativa do Centro Internacional de Negócios do Distrito Federal (CIN-DF), em parceria com a Diretoria de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Federação, o evento recebeu duas gerentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Na primeira palestra, a gerente de Política Comercial da CNI, Constanza Negri Biasutti, trouxe como tema os desafios e oportunidades para a indústria no comércio internacional sob a perspectiva do desenvolvimento sustentável.
“A mensagem principal é que são duas agendas: a de comércio e a de sustentabilidade, mudança climática, que, no âmbito internacional, tem ganhado muita relevância. Sempre foram fundamentais, mas passaram a ser olhadas em conjunto”, explicou. “Há cada vez mais uma exigência do ponto de vista do consumidor para se ter produtos com alto padrão de sustentabilidade.”
Constanza acredita que o Brasil reúna as condições para ter liderança e participação internacional nessas discussões. “Nós, como CNI, estamos trabalhando para que o governo brasileiro possa ter uma participação mais ativa”, acrescentou.
No segundo tema, a gerente de Clima e Energia da CNI, Juliana Falcão, abordou o panorama das mudanças climáticas e o mercado de carbono. “É um assunto debatido há muitos anos. A gente precisa agir localmente, mas é uma questão global. Saiu da questão ambiental e entrou na esfera econômica”, destacou.
De acordo com Juliana, o controle da emissão de carbono ainda é restrito a grandes empresas, devido ao alto custo. “É muito difícil para uma pequena empresa hoje, por exemplo, contratar uma consultoria para medir o carbono”, disse. Fez a ressalva, no entanto, de que, diante da possibilidade de novas exigências dos clientes, é importante aprender sobre o assunto.
A abertura do seminário foi feita pelo 1º vice-presidente da Fibra, Pedro Verano, que definiu o debate como norteador para os negócios e vital para o futuro da humanidade.
“Os fatores ambientais tornaram-se critérios importantes para a tomada de decisão por consumidores, investidores e por governos. Empresas que adotam práticas ambientais responsáveis têm vantagem competitiva por ser percebidas como socialmente conscientes e comprometidas com a preservação do meio ambiente”, defendeu Verano.