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empresario industria começa o ano pessimistaO empresário da indústria iniciou 2015 com falta de confiança, resultado da piora das condições da economia local e da deterioração das expectativaspara os próximos seis meses. Em janeiro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) situou-se em 43,3 pontos, recuo de 7,5 pontos em relação ao mesmo período do ano passado – o pior resultado apurado desde o início da série história para os meses de janeiro. Os dados são levantados mensalmente pela Federação das Indústrias do DF (Fibra), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“Passamos, em 2014, por um processo eleitoral conturbado e intenso, com diversos cenários políticos apresentados ao brasiliense, o que agravou a insegurança do empresário local no período”, explica o presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar.

Ainda segundo Jamal, “a falta de um ambiente favorável aos negócios desgasta a confiança do empresário e, por consequência, diminui a intenção de investimentos do industrial, estagnando o setor e afetando diretamente a competitividade das empresas, a geração de emprego e renda”.

A queda do ICEI é corroborada quando verificado o desaquecimento da indústria brasiliense por meio da Sondagem Industrial, também realizada pela Fibra e pela CNI. Em dezembro, houve novo recuo da produção, fechando o mês em 40,3 pontos. A metodologia da pesquisa varia no intervalo de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 indicam evolução positiva e, abaixo, negativa.

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) do DF alcançou 70% em dezembro. O índice encontra-se abaixo do usual para iguais meses de anos anteriores, também sinalizando a retração do setor.

A Sondagem Industrial também traz o indicador que avalia os estoques de produtos em relação ao planejado. No mês em análise, o indicador ficou em 47,1, o que indica que os estoques estão abaixo do desejado.

A evolução do emprego industrial, por sua vez, situou-se em 46,6 pontos, sinalizando queda dos empregos no parque fabril brasiliense.

Expectativas

As expectativas do empresário da indústria para os próximos seis meses ainda não mostram sinais de recuperação em relação ao cenário de curto prazo. Todos os indicadores verificados na pesquisa aparecem abaixo da linha divisória dos 50 pontos.

A Sondagem mostra que os industriais não enxergam possibilidades de novos negócios para este semestre, haja vista que as Perspectivas para demandas de produtos (47,3 pontos) e as Perspectivas para compras de matéria-prima (45,8 pontos) encontram-se em patamares que sinalizam pessimismo.

As expectativas de contratação também não são as melhores. O indicador Perspectivas para número de empregados situou-se em 44,2 pontos.

Além disso, quando o assunto é o mercado externo, o indicador Perspectivas para quantidade exportadora (44,5 pontos) também não é positivo.

Principais Problemas no DF

A elevada carga tributária (60,7%) permanece em primeiro lugar no ranking dos principais problemas enfrentados pelo setor industrial no DF. Em segundo lugar, os respondentes elencaram a falta de demanda (42,9%), sinalizando o difícil momento que a indústria passa na Capital Federal. Já a falta de trabalhador qualificado vem em terceiro lugar (32,1%), impactando diretamente a concorrência do setor.

Construção Civil

Setor mais pujante da indústria do DF, a Construção Civil também encerrou 2014 desaquecida. Os indicadores de tendência do mês de dezembro mostram que a situação do setor se mantém desfavorável. O indicador de evolução do nível de atividade situou-se em 38,6 pontos em dezembro, abaixo, portanto, da linha dos 50 pontos, indicando queda na atividade.

A Capacidade de Operação (UCO) alcançou 64% no mês, também abaixo do usual para os mesmos meses dos anos anteriores. O número de empregados ficou em 40,2 pontos, indicando queda no quadro de empregados da Construção Civil.

Os dados constam da Sondagem da Indústria da Construção, levantamento feito pela Fibra, em parceria com a CNI e com o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinducon-DF).

“A reversão desse quadro, na Capital Federal, estará condicionada à capacidade do governo local de implementar de medidas capazes de garantir a segurança jurídica dos contratos e ao aumento da competitividade empresarial, principalmente, no que diz respeito à promoção de uma política fiscal (ICMS) setorial isonômica em relação às demais capitais da região Centro-Oeste”, finaliza Jamal.

 

Suzana Leite
Assessoria de Imprensa da Federação das Indústrias do DF (Fibra)
e-mail: suzana.leite@sistemafibra.org.br
Foto: Cristiano Costa

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