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Mais 655.500 máscaras de tecido reutilizáveis já foram entregues por indústrias do vestuário ao governo do Distrito Federal. O montante faz parte do novo lote de um milhão de máscaras que ajudarão na retomada das atividades na capital do País.
A produção inclui peças de quatro tamanhos — PP, P, M e G — e é feita por confecções de micro e pequeno portes. Quando as máscaras deste lote forem concluídas, se somarão às produzidas nas duas primeiras fases do convênio, totalizando mais de 2 milhões de itens.
Para a presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário do DF (Sindiveste-DF), Walquiria Pereira Aires, a produção desse tipo de proteção tem sido de grande importância para o setor. “Com a fabricação de máscaras, além de as empresas contribuírem para um serviço de prevenção à covid-19, elas também tiveram algum recurso para manter mais de mil trabalhadores empregados”, analisa.
De acordo com o Instituto Euvaldo Lodi do DF (IEL-DF), que é responsável pelo credenciamento das empresas por meio de edital e por distribuir a demanda de produção, desde abril, quando foi iniciada a força-tarefa, 55 foram contratadas.
O negócio de Cleonice Magalhães (foto à esquerda), de 51 anos, é uma delas. “A empresa sobreviveu de abril até agora com a fabricação de máscaras, outro serviço não entrou. Só tenho a agradecer”, conta proprietária da Cleo Confecções, localizada no Setor Leste do Gama. Ela relembra que chegou a cogitar a suspensão dos contratos, quando surgiu a oportunidade. “Se não fosse esse trabalho, eu teria fechado.”
Também envolvida com a fabricação de máscaras desde abril, Maria Solange Saldanha (foto à direita), de 43 anos, trabalha com conserto de roupas e viu na fabricação de máscaras uma chance para o negócio.
“Eu já estava sem serviço desde março. Soube [do edital] por meio de uma colega, procurei o IEL-DF e fiz a inscrição. Foi uma oportunidade não só para os que faziam parte da empresa, mas ajudamos outras pessoas também”, diz, ao explicar que precisou ampliar a equipe para produzir a demanda.
Segundo a presidente do Sindiveste-DF, além de dar apoio às confecções no período de crise causado pela pandemia da covid-19, o convênio também apresentou às empresas um novo mercado. “Esse trabalho possibilitou ainda ao empresário compreender que existe uma oportunidade de negócio considerável e esse passou a ser também um foco para o setor”, completa Walquiria.
Convênio
A fabricação de máscaras é uma das ações coordenadas pelo governo do DF no combate à covid-19 e ocorre por meio de convênio entre o Banco de Brasília (BRB); o Instituto BRB de Responsabilidade Social e Ambiental; o governo do Distrito Federal, por meio do Comitê Gestor do Programa Todos Contra a Covid; o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do DF (Senai-DF), o IEL-DF e o Sindiveste-DF.
Na parceria, as empresas recebem tecido e elásticos e ficam responsáveis pelo corte, pela costura e pelo acabamento ou por executar o processo completo de confecção. O Senai-DF, em parceria com o Sindiveste-DF, deu suporte técnico e está recebendo os produtos prontos e fazendo o controle de qualidade antes da entrega final.