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O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, entregou ao presidente da República, Jair Bolsonaro, um documento com 44 propostas para a retomada da indústria e do emprego em 2022, em evento organizado pela CNI nesta terça-feira, 7 de dezembro. De nome Propostas Para a Retomada da Indústria e Geração de Emprego, o documento tem projetos nas áreas de tributação, de eficiência do estado, de financiamento, de infraestrutura, de meio ambiente, de inovação, de educação, de comércio exterior, de relações de trabalho e para micro e pequenas empresas.
Ao receber o caderno de propostas do presidente da CNI, Jair Bolsonaro o repassou ao ministro da Economia, Paulo Guedes, a quem deu a missão de analisá-las e implementá-las. Bolsonaro disse que é importante encorajar as pessoas a investir cada vez mais no Brasil. “Os investidores não podem viver sob a sombra da incerteza, com insegurança jurídica”, disse. Além disso, avaliou que o excesso de burocracia dificulta a vida do empresário brasileiro.
Durante o evento, Robson Braga contextualizou a situação do setor industrial no Brasil. Explicou que, nos últimos 10 anos, a indústria de transformação encolheu, em média, 1,6% ao ano. Perdeu espaço no PIB brasileiro, na produção mundial, nas exportações e nas exportações mundiais de manufaturados. E afirmou que, ao longo de 2021, a produção da indústria tem sofrido quedas constantes, com sinais de perda de ritmo da atividade econômica no último trimestre.
“As disfunções enfrentadas diariamente pelas empresas afetam com mais intensidade os fabricantes de bens de capital e de produtos de consumo duráveis, que são segmentos dinâmicos, de maior complexidade tecnológica e com impacto significativo sobre a produtividade e no emprego. Em dez anos, a participação desses ramos no valor adicionado da indústria de transformação recuou de 24% para 19%”, explicou o presidente da CNI. “Os desafios são muitos, a agenda é complexa e não existe uma única medida que leve o País para onde desejamos. A agenda precisa ser tratada em conjunto para que alcancemos a meta de uma economia forte, com crescimento estável e bem-estar social”, afirmou.
Também falaram em defesa da indústria o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo Oliveira, o representante da Mobilização Empresarial pela Indústria (MEI), CEO da TOTVS, Laércio Cosentino, e a presidente-executiva da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, Elizabeth Carvalhaes.
O ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes, disse que está alinhado com as propostas apresentadas pela CNI para o enfrentamento das questões alinhadas ao aumento de produtividade e a ampliação e desenvolvimento da infraestrutura. “Vamos ver o Brasil de 2024 em diante se transformar em um grande canteiro de obras com o que está sendo plantado agora”, garantiu.
Recuperação da indústria e da economia passam pela reforma tributária
Para o presidente da CNI, a recuperação da indústria brasileira e da economia como um todo requer uma reforma tributária ampla, nos moldes da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 110 no Senado, que simplifique o sistema de arrecadação de impostos, reduza a cumulatividade e desonere os investimentos e as exportações. Robson Braga também tratou da importância de uma reforma administrativa que controle gastos e melhore a qualidade dos serviços prestados pelo Estado. “Este governo tem a oportunidade de realizar, ainda nesse mandato a mais importante das reformas para a redução do Custo Brasil. Uma reforma que outros governos não conseguiram fazer. Uma reforma que gerará um impacto extraordinário na competitividade da indústria brasileira e, consequentemente, no crescimento desse país e toda a nação”, afirmou.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçou a importância da reforma tributária e tratou também do controle de gastos. “Nosso esforço é de transformação do Estado brasileiro, controle dos desperdícios que, inclusive, compõem o Custo Brasil”, explicou. Ele afirmou que o Brasil foi desindustrializado ao longo dos últimos 20 e 30 anos, e se tornou prisioneiro de uma armadilha de crescimento zero. “A nossa proposta é de reindustrializar o Brasil, com todos os marcos regulatórios, começamos com o do Gás Natural, a cessão onerosa do Petróleo, o Saneamento…”, disse.
Participaram do evento presidentes de federações estaduais e do DF de indústria e das associações industriais que integram o Fórum Nacional da Indústria (FNI), além de empresários da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), que também fizeram parte do grupo que elaborou o documento apresentado ao presidente Bolsonaro. Representaram a Federação das Indústrias do DF (Fibra) o presidente, Jamal Jorge Bittar, o 1º vice-presidente, Pedro Henrique Verano, a 2ª vice-presidente da Fibra, Danielle Cristine Ribeiro Bastardo, e os presidentes dos sindicatos da Indústria da Construção Civil do DF (Sinduscon-DF), Dionyzio Klavdianos, das Indústrias da Informação do DF (Sinfor-DF), Ricardo Caldas, e das Indústrias de Beneficiamento, Moagem, Torrefação e Fabricação de Produtos Alimentares de Origem Vegetal do Distrito Federal (Sindigrãos-DF), Humberto Cenci.
Propostas Para a Retomada da Indústria e Geração de Emprego
Das 44 propostas apresentadas no documento, as primeiras 19 podem ser adotadas diretamente pelo governo federal nas áreas tributária, de eficiência do Estado, de financiamento, de infraestrutura, de meio ambiente, de inovação, de comércio exterior e de relações do trabalho.
As demais 25 propostas envolvem a participação do Congresso Nacional. São propostas nas áreas tributária, de eficiência do Estado, de financiamento, de infraestrutura, de meio de ambiente, de inovação, de educação, de relações do trabalho e para as micro e pequenas empresas.
Baixe aqui o documento Propostas Para a Retomada da Indústria e Geração de Emprego.
Foto: Moacir Evangelista/Fibra
Assessoria de Comunicação da Fibra