FIBRA
Getting your Trinity Audio player ready...
|
A indústria 4.0, com a integração dos mundos físico e virtual por meio de tecnologias digitais, vai mudar a forma de produzir e de criar negócios. A fim de ajudar pequenos e médios empresários a se inserirem na Quarta Revolução Industrial, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) realizou, em todo o País, uma mobilização em 12 de setembro com o objetivo de desmistificar os conceitos da indústria 4.0.
No Distrito Federal, o evento ocorreu no Senai Taguatinga, com atividades para a comunidade durante o dia e programação para empresários à noite. Houve palestras, workshops e mesas-redondas.
O Desvendar 4.0 mostrou que o aumento de competitividade está ao alcance de negócios de todos os portes e que recursos como internet das coisas, big data e inteligência artificial aumentam a produtividade das empresas.
A palestra magna da noite foi transmitida por videoconferência diretamente do Senai Pernambuco. Silvio Meira, pesquisador do Instituto Senai de Inovação em Tecnologias da Informação e Comunicação e professor emérito de Engenharia de Software da Universidade Federal de Pernambuco, explicou como o Senai pode ajudar as empresas nessa evolução.
Exemplos no DF
Após a palestra, houve uma mesa-redonda com Frankwaine Melo, coordenador nacional do programa Senai 4.0; Samuel Antunes, proprietário da Efatar Móveis; Marcelo Moura, proprietário da Nova Arte; Matheus Belini, diretor da Dataprev; e instrutores e consultores do Senai-DF.
Samuel Antunes, que participa desde 2017 do programa Indústria Mais Produtiva, realizado pelo Senai, contou como tem sido a experiência de dar o primeiro passo na inserção na indústria 4.0. “O primeiro processo que fizemos com o Senai-DF foi na questão de layout do chão de fábrica. Mudamos toda essa parte, alteramos os locais das máquinas, das partes elétrica e hidráulica e, a cada ano, fomos ganhando grande velocidade dentro da fábrica. Sou muito feliz de um dia ter conhecido o Senai”, afirmou o pequeno empresário. A Efatá teve um aumento de produtividade de 46% após a implantação do programa.
Também do segmento de movelaria, o empresário Marcelo Moura, dono da Nova Arte, em Taguatinga, contou a história da sua entrada na era 4.0 com o suporte do Senai-DF. “Minha empresa hoje é bem mais limpa, começou a produzir mais e o desperdício caiu drasticamente, além de a produtividade ter aumentado mais de 30%. Inovei em vários aspectos e tudo foi porque o Senai abriu minha cabeça para melhorar.”
Concluído o programa Indústria Mais Produtiva, o próximo passo das duas fábricas de móveis é o Indústria Mais Avançada. Em fase piloto, já atende 56 pequenas e médias empresas em todas as unidades da Federação a fim de oferecer soluções em digitalização. O objetivo da experiência é refinar um método de baixo custo, alto impacto e de rápida implementação. São testadas técnicas de internet das coisas, sensoriamento, computação na nuvem e analytics que permitam intervir nos processos produtivos com maior agilidade.
O diretor regional do Senai-DF, Marco Secco, participou do evento e enfatizou a importância da instituição para ajudar a indústria a se modernizar. “Por meio da palestra, a gente percebeu o nível de complexidade para o qual estamos caminhando. E nosso desafio é justamente dar uma resposta a todas essas necessidades”, afirmou Secco.
Sua empresa 4.0
Interessados no tema podem fazer um diagnóstico gratuito do estágio tecnológico de suas empresas na plataforma Senai 4.0. A avaliação serve de base para elaboração de um plano individualizado de atualização tecnológica, também oferecido gratuitamente. Após esse primeiro passo pelo site, os empresários podem entrar em contato com o Senai de sua região. No DF, é possível ter mais informações pelo telefone do SAC/Ouvidoria: (61) 4042-6565.
Também sem custo, qualquer pessoa pode fazer o curso on-line Desvendando a Indústria 4.0 destinado a explicar conceitos, oportunidades e riscos da Quarta Revolução Industrial.
Guia de digitalização
O Senai lançou um guia com cinco passos que as pequenas e médias empresas devem seguir para se inserir na indústria 4.0. A técnica foi implantada pelo Senai em empresas atendidas no programa Brasil Mais Produtivo com aumento médio de produtividade de 52%. Veja:
Estágio 1 – Otimização: Aumente a produtividade do chão de fábrica e dos seus funcionários, ao mesmo tempo em que o desperdício é reduzido, elevando a sua margem de lucro. Capacite as lideranças no tema indústria 4.0 e se prepare para a segunda etapa.
Estágio 2 – Sensoriamento e conectividade: Agora que você já ajustou o processo produtivo, é necessário sensoriar suas principais linhas de produção. Seus técnicos serão capacitados para analisar dados em tempo real, aprender com o seu chão de fábrica e tomar rápidas decisões.
Estágio 3 – Visibilidade e transparência: Como os dados do processo já estão sendo captados por sensores, é hora de torná-los visíveis em uma nuvem e integrados aos demais indicadores da empresa e de toda a sua cadeia de valor.
Estágio 4 – Capacidade preditiva: Agora que sua empresa já começou a aprender com o seu processo produtivo, é hora de introduzir tecnologias como big data e inteligência artificial para auxiliar em possíveis testes e prever diferentes cenários.
Estágio 5 – Flexibilidade e adaptabilidade: Nesta fase, os sistemas e tecnologias implantados têm capacidade de identificar e resolver problemas, além de responder de forma flexível às demandas dos clientes por novos produtos e serviços.
Texto: Aline Roriz (com informações da Agência CNI)
Foto: Helio Montferre/Sistema Fibra
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra