Defesa de interesses do segmento industrial, fortalecendo as bases desenvolvimento para a construção de uma indústria forte, dinâmica e competitiva
FIBRA
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4 5 2023 Semana da Empresa Exportadora Foto Bruno Frauzino 7Durante a abertura da Semana da Empresa Exportadora, nesta quinta-feira, 4 de maio, a Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), a Secretaria Extraordinária de Relações Internacionais do DF e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) firmaram um memorando de entendimentos para fomentar a colaboração para a ampliação do comércio exterior local, especialmente a participação da indústria do DF nas exportações.

Assinaram o documento o presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, e o secretário de Relações Internacionais do DF, Paco Britto. O evento ocorreu no edifício-sede da Federação, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), e reuniu representantes do setor produtivo e de organismos nacionais e internacionais, além de empresários que já exportaram, exportam ou têm a intenção de entrar no mercado internacional.

“O Centro-Oeste exportou, no ano passado, US$ 55 bilhões e o DF participou com pouco mais de US$ 300 milhões deste total, o que indica que há algo de errado”, comparou o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, que, na sequência, disse que a agência e o governo federal vão dar atenção especial ao DF no incentivo às exportações. “Acho que temos uma bela janela de oportunidade para pôr o DF em um patamar de destaque no comércio exterior”.

Pelo memorando, a Fibra, a ApexBrasil e o governo do DF estabelecem cooperação para o desenvolvimento de ações que ampliem mercados para empresas instaladas no DF. O plano prevê trabalhos de inteligência de mercado, a transferência de conhecimento e a elaboração de estudos estratégicos.

“A indústria do DF tem potencial e capacidade para produzir e para exportar mais. Esta parceria entre Fibra, ApexBrasil e governo do DF vai ser fundamental neste sentido, impulsionando o setor industrial e entregando o retorno social e econômico que a cidade precisa”, afirmou o presidente Fibra, Jamal Jorge Bittar.

Para ele, a parceria é uma demonstração de que Estado e iniciativa privada conseguem, juntos, produzir mais do que de forma isolada. “Este memorando é de grande importância agora, momento em que reindustrialização do Brasil começa a se materializar. O DF precisa estar à frente da retomada do crescimento da indústria no Brasil e a busca por mercados no exterior é um fator bastante importante para o crescimento e para a evolução da indústria local”, concluiu Jamal.

O secretário de Relações Internacionais do DF, Paco Britto, falou da necessidade de que a meta da ampliação das exportações não seja somente do setor produtivo, porém, um objetivo maior, tratado no nível de políticas de Estado. “O DF, embora seja a capital do País, seja o endereço de empresas tão importantes do Brasil, ainda representa muito pouco nos números da exportação, cerca de 1%, como já foi dito. Se de um lado temos, sim, desafios, de outro temos oportunidades imensas para transformar nosso mercado e fazer de empresas locais grandes exportadoras”, disse.

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Painéis
Logo após a assinatura, dois painéis foram realizados. O primeiro tratou sobre a internacionalização como estratégia de crescimento das empresas e reuniu o gerente de Inteligência de Mercado da ApexBrasil, Igor Celeste, o coordenador comercial de cargas da Inframérica, Alexandre Telles, e o vice-diretor de Assuntos Institucionais e Governamentais da Fibra, Paulo Eduardo Montenegro de Ávila e Silva.

No bate-papo, eles conversaram sobre temas como o potencial do DF para exportação, as vantagens do processo de internacionalização para as empresas e a logística de transporte de mercadorias.

“Exportar não é um processo linear. É necessário que as empresas tenham apoio e caminhem entendendo processos e conhecendo de forma um pouco mais dedicada cada etapa do processo de exportação”, disse Ávila, ao destacar a necessidade de apoio às micro e pequenas indústrias para a internacionalização.

“Se dermos condições para que os negócios se habilitem de forma mais fácil, nós vamos mudar a cultura de exportação no DF e nossas empresas, até mesmo as pequenas, vão se inserir nesse mercado de uma forma muito mais simples. Acredito que temos todas as condições para transformar a realidade e fazer com que os pequenos negócios passem a participar do mercado internacional”, completou.

A mediação foi feita pela gerente do Centro Internacional de Negócios da Fibra (CIN-DF), Viviane Brunelly.

Já o segundo painel tratou sobre casos de sucesso de mulheres na exportação, com as empresárias Ana Paula Braga de Ávila e Silva, da Confraria, Yannah Raslan, da Confeitaria da Torre, e a presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário do DF (Sindiveste-DF), Walquiria Aires. A mediação foi feita pela gerente de Competitividade da ApexBrasil, Clarissa Furtado.

A Confraria já está no mercado internacional desde 2010 e a Confeitaria da Torre é futura exportadora. Walquiria Aires representou o consórcio Flor Brasil, do setor do vestuário, que exportou de 2001 a 2007 e era formado por um grupo de dez micro e pequenas empresas.

Na época, os produtos de moda praia desenvolvidos foram vendidos para oito países. “Esse foi um período extremamente rico. Aprendemos muito sobre a modelagem para o mercado europeu. Depois, entramos no mercado americano, que tinha outra modelagem; foi um momento de muita troca de informação”, relembrou. Estados Unidos, França e Inglaterra eram alguns dos destinos das peças brasilienses.

As três iniciativas apresentadas no segundo painel também estavam na área de exposição da Semana da Empresa Exportadora.

4 5 2023 Semana da Empresa Exportadora Foto Bruno Frauzino 11Área expo
A exposição Circuito Exporta DF apresentou o trabalho de 11 marcas que atuam no DF e que já exportaram ou são exportadoras ou potenciais exportadoras, além dos serviços ofertados pelo CIN-DF e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do DF (Senai-DF) no apoio aos negócios. A área foi visitada pelo presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar, pelo presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, e pelo secretário de Relações Internacionais do DF, Paco Britto.

Alexandre Ferreira foi um dos empresários participantes. Ele é sócio-fundador da Aguimar Ferreira Chocolateria — empresa do ramo alimentício que produz chocolates para venda direta e eventos corporativos e sociais.

“Como uma empresa de pequeno porte, que ainda está iniciando o processo de exportação, entendemos que eventos como o de hoje são extremamente importantes para todos os pequenos negócios, tanto pela rede de contatos quanto pelo conhecimento e pelo fomento de clientes e futuros parceiros”, destacou Ferreira.

Há 14 anos no mercado, o negócio, cuja fábrica fica instalada no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (SAAN), tem uma cartela de mais de 200 produtos para eventos e outros 30 produtos em embalagens prontas para exportação. “Temos uma produção bem artesanal de cerca de 600 quilos a uma tonelada por mês, com uma capacidade produtiva de até 10 toneladas. Já estamos fazendo algumas adequações de maquinários e alguns avanços com investimentos na fábrica para conseguir atender demandas maiores”, contou, entusiasmado, o futuro exportador.

4 5 2023 Semana da Empresa Exportadora Foto Bruno Frauzino A alguns metros do estande de Alexandre estava o de Ana Paula Vieira (foto), que, com a mãe, Ana Bomfim, é sócia da empresa Haura, que trabalha com moda causal e fitness. Para a mostra, elas levaram produtos com tecidos tecnológicos e ecológicos. Havia um casaco feito a partir de retalhos que, inicialmente, iriam para o lixo e foram desfiados, transformando-se em um novo tecido.

Destaque também para peças feitas com tecido que não amassa, tecido de fibra de madeira de reflorestamento e tecido produzido a partir de algodão ecológico colhido à mão e poliéster reciclado, em que cada camiseta feita com o material equivale à reciclagem de 12 garrafas PET.

“Também trouxemos peças em tecidos tecnológicos, que têm proteção contra o cloro, proteção solar, leve brilho e estampa digital que nós produzimos”, detalhou Ana Paula. “Este evento foi muito importante para a gente pelo network. Além de todas as empresas e de representantes do governo que vieram aqui, a gente viu uma grande possibilidade de exportar para novos mercados e estar em outros lugares”, avaliou.

A marca nasceu em 2022. A ideia foi consolidada após a produção de plano de marketing internacional feito em uma ação da Fibra. É uma ramificação da empresa Fabrika, que trabalha, desde 2006, com uniformes e moda empresarial.

Visita ao aeroporto
Na sexta-feira, 5 de maio, a Semana da Empresa Exportadora será encerrada com uma visita técnica de empresários ao terminal de cargas do Aeroporto Internacional de Brasília Presidente Juscelino Kubitschek. No local, será possível conhecer como funciona, na prática, os procedimentos operacionais de exportação e de importação.

Texto: Samira Pádua, Nilson Carvalho e Beatriz Carlos
Fotos: Bruno Frauzino/Fibra
Assessoria de Comunicação da Fibra
 
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