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FIBRA
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Dez encontros, 68 empresas participantes, 425 empresas conectadas e 29 conexões de negócios criadas. Esses são os números dos primeiros três meses de funcionamento do Hub da Indústria do Distrito Federal. A iniciativa busca promover a tecnologia na cadeia produtiva e elevar a maturidade digital do setor industrial brasiliense.
Os dados foram apresentados no dia 27 de abril para a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) em encontro na sala do projeto, no Parque Tecnológico de Brasília – Biotic. Em seguida, a comitiva saiu em visita a três empresas atendidas pelas ações. “Muita gente fala de reindustrialização. O País tem indústrias, elas existem e há a necessidade de modernizá-las”, destacou o diretor de Desenvolvimento Produtivo e Tecnológico da Agência, Carlos Geraldo de Oliveira.
“O corpo a corpo não deixa de ser importante para o empresário, mas é preciso ter dados e análises de forma mais rápida, ter um gerenciamento mais direto. O empresário precisa ter onde clicar para analisar a empresa com rapidez, para ver o faturamento, a produção e as perdas, e isso só vai acontecer com a digitalização, a renovação. Assim, nossa indústria vai passar a ser mais competitiva e a gente vai reduzir custos e perdas”, completou.
O presidente da Federação das Indústrias do DF (Fibra), Jamal Jorge Bittar, agradeceu a confiança da ABDI no apoio ao projeto, inscrito em edital da entidade pela Fibra, pela Biotic S.A. — empresa gestora do Parque Tecnológico de Brasília —, pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no DF, pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) e pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT) da Universidade de Brasília.
“Parcerias como essa capacitam as empresas, o que as tornam mais competitivas e, por consequência, mais bem-sucedidas, gerando mais empregos e mais renda. Esse é o objetivo do Hub da Indústria”, disse Jamal.
Diretor de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da Fibra, Graciomário de Queiroz, afirma que os números mostram que vale a pena investir e acreditar no potencial do Distrito Federal. “Nós temos a obrigação e a responsabilidade de promover mudanças, de provocar as pessoas, o sistema, as empresas e as entidades para a necessidade da geração de empregos para os jovens e estudantes de hoje, que serão amanhã os dirigentes do Brasil e de Brasília”, destacou.
Impacto na produção
Após a explanação dos dados, as equipes técnicas da Fibra e da ABDI seguiram para visitas a três empresas atendidas pelo Hub da Indústria do DF. A primeira foi a Morada Mineira. Há 39 anos no mercado, o negócio de doces, pães, salgados e tortas está localizado em Sobradinho.
Um dos sócios é Daniel Viana, que conheceu o Hub da Indústria por meio do Sindicato das Indústrias de Alimentação de Brasília (Siab). Ao receber a comitiva, ele apresentou as instalações do negócio e contou mudanças que já promoveu após as capacitações e palestras que participou.
“Iniciamos vários projetos desde que entramos no Hub. O primeiro foi eu ter uma reunião mensal com meus gestores, em que a gente analisa quais são as nossas principais dores e cria iniciativas para solução”, contou. “O conhecimento que eu consegui no curso de gestão de estoque estou replicando no mapeamento de outros processos da minha empresa”, exemplificou Viana.
Os técnicos também visitaram a Fabrika Malharia, no Lago Norte, e a Confeitaria da Torre, no Setor de Oficinas Norte, onde foram recepcionados pelas empresárias Ana Paula Vieira e Yannah Raslan, respectivamente.
