FIBRA
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Em 1994, o Brasil conheceu o Plano Real, que deixou para trás a hiperinflação e cinco tentativas fracassadas de melhoria na economia com outras moedas. Agora, 25 anos depois, o real tornou-se a moeda mais longeva da história brasileira e tem muitos desafios pela frente. Para celebrar o marco, o Correio Braziliense realizou, na tarde desta segunda-feira, 1º de julho, no auditório do jornal, o seminário 25 anos do Real – Os Desafios para o Brasil. O Sistema Fibra foi um dos apoiadores.
O seminário contou com a participação de importantes economistas e de lideranças que trabalharam na implementação do real, como o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso e o ex-presidente do Banco Central Pérsio Arida. O encontro foi uma análise do passado, do presente e do futuro, desde a implantação do plano, com uma radiografia das mudanças que ele trouxe ao País, até a situação econômica brasileira atual, as garantias para um crescimento sustentado e os desafios do Brasil do futuro.
Ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso liderou a implementação do Plano Real e foi eleito presidente da República no fim daquele ano. Por vídeo, o ex-presidente participou do seminário e enfatizou que, para uma política econômica dar certo, a população precisa perceber que o governo vai conseguir de fato trazer crescimento. “Quando fizemos o Plano Real, o Brasil estava cansado de planos. Aprendemos que, sem uma política fiscal consequente, a moeda não se mantém. Ou seja, se não se segura o gasto, se não se põe em ordem as finanças públicas, não se mantém. Segundo, sem credibilidade, as coisas não vão. Quando fizemos o real, já sabíamos que não era um ato, era um processo. E talvez tenha sido uma característica do real: anunciamos com antecipação o que íamos fazer, para ganhar credibilidade”, afirmou.
Um dos idealizadores do Plano Real, Pérsio Arida afirmou que o País passa agora por uma série de desafios que lembram aqueles enfrentados logo depois da implantação do plano. Para ele, o grande desafio do Brasil, hoje, é retomar o crescimento sustentado. “O problema é criar clima propício para investimento, mais segurança jurídica, mais competição, simplificação de normas, uma boa reforma tributária e abertura da economia. Essas transformações que vão levar o Brasil para uma rota do crescimento acelerada”, afirmou o economista, que completou destacando que o grande teste para a estabilidade do real será quando o País voltar a crescer.
Uma das principais formas de se obter esse crescimento sustentado – citada por quase todos os participantes – é por meio do aumento da produtividade. O diretor de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Graciomário de Queiroz, que representou a instituição no seminário, relaciona a importância de uma moeda estável e de uma inflação estabilizada para que o setor produtivo alcance um crescimento desejado e conquiste maior produtividade. “As empresas precisam capacitar melhor seus funcionários para que a gente passe a produzir com a mesma qualidade e o mesmo custo que os outros países. E a estabilidade da moeda permite que a gente invista no aumento de produtividade, porque passa a saber o custo real do produto, já que a inflação mascara a produtividade e o desempenho.”
Veja a cobertura completa no Correio Braziliense.
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