FIBRA
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Em uma noite de inspiração, informação e celebração, o Sesi Lab recebeu o lançamento do Exporta DF, programa que tem como principal objetivo facilitar a entrada de micro e pequenas empresas no mercado internacional. Com a presença de autoridades, empresários e outros interessados no tema, o evento ocorreu na terça-feira, 2 de abril.
O Exporta DF é uma parceria da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no DF (Sebrae-DF), o Banco de Brasília (BRB), a Universidade Católica de Brasília (UCB), a Secretaria de Relações Internacionais do Distrito Federal, os Correios e a Confederação Nacional da Indústria (CNI). As empresas participantes serão preparadas e guiadas com o apoio desse conjunto de organizações para que comecem a fazer negócios com outros países.
Na abertura do evento, o presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar, defendeu a capacidade de exportação de micro e pequenas empresas — que formam a maior parte da indústria local. “Eu dou como exemplo a economia chilena. A parte exportadora chilena, que, hoje, é bastante relevante, tem grande participação do pequeno exportador”, afirmou. “O pequeno [empresário] é um grande gerador de distribuição de riqueza. Ele não concentra renda, não é um grande investidor. Tudo que produz, recebe, ele transforma em ação, circulação de recursos, em empregos de uma forma bastante dinâmica”, acrescentou o presidente.
Jamal pediu que as empresas tenham mais confiança em seu potencial de entrar no mercado externo. “Estamos precisando de um pouco mais de autoconfiança — perder essa síndrome do cachorro magro, em que todo o desenvolvimento está no eixo Rio–São Paulo. Isso é mentira, é falta de iniciativa local. Nós temos por obrigação promover o desenvolvimento do Distrito Federal”, convocou.
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, reforçou o pedido do presidente da Fibra. “Nós estamos numa mesma sintonia, estamos querendo ampliar essas parcerias. O desafio é mexer com os rumos da cidade em que a gente vive. Nós não podemos ficar de braços cruzados, acomodados numa zona de conforto, quando vemos que o Distrito Federal não está no jogo da exportação como poderia estar”, disse, ao reforçar a necessidade de união de quem cria e produz para “virar esse jogo”.
Na visão de Viana, a localização de Brasília é um dos trunfos para que o Exporta DF tenha sucesso. “A logística pesa muito no negócio, facilita ou prejudica. Temos que aproveitar a facilidade de Brasília de ter quase tudo perto”, comentou o presidente da agência.
O secretário de Relações Internacionais do DF, Paco Britto, também se mostrou entusiasmado com o potencial da iniciativa. “Temos que fazer esta cidade ser produtiva, deixar a dependência direta do governo federal. Nós temos potencial para isso, é disso que nós precisamos, dar a sustentabilidade. Temos capacidade, sim, de ser produtores e exportadores”, defendeu o representante do governo local.
Também participaram da abertura do evento a superintendente do Sebrae-DF, Rose Rainha, o superintendente do BRB, Leonardo Cipriani, o superintendente dos Correios em Brasília, Paulo Henrique de Moura, e a coordenadora de Relações Internacionais e Mercado da UCB, Rossana Balestra.
Apresentações e desfile
Após a abertura, a gerente do Centro Internacional de Negócios do Distrito Federal (CIN-DF), Viviane Brunelly, detalhou o projeto. Responsável pela coordenação do Exporta DF, o CIN-DF é área da Fibra que dá suporte às empresas nos processos de internacionalização.
A trilha do Exporta DF é composta por três etapas: orientar, adequar e conectar. Na primeira etapa, haverá oficinas práticas e cada indústria participante receberá um plano de exportação. Na segunda, o foco será a adequação de produto para o mercado externo e, na terceira, a prospecção. A ideia é que as empresas cheguem ao fim da jornada com autonomia e segurança para fazer negócios com outros países.
Posteriormente, a especialista em Política e Indústria da CNI Suzana Peixoto fez uma apresentação sobre o Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi), iniciativa da CNI e do Sebrae focada na promoção da inovação e no aumento da produtividade de micro e pequenas empresas do setor industrial.
Na sequência, a empresária Luiza Márcia Barcelos, diretora de estilo da marca Luiza Barcelos, falou sobre a história da empresa, referência nacional no setor calçadista. A marca exporta para 15 países das Américas Central, do Norte e do Sul, da África, da Europa e do Oriente Médio, tendo como destinos mercados como os Estados Unidos, os Emirados Árabes Unidos e a Itália.
Um desfile de 14 marcas do setor do vestuário do DF, com peças de moda casual, fitness e praia, além de joias e de acessórios, marcou o encerramento. São elas: Bambuch Sport Fitness, Bosque Ateliê, Confraria, Dane-se, Dona Jo, Haura, Hilos, Jeans do Bem, Laura Segall, Loulou Summer Brand, Mãos que Criam, Sun Rose, Suzana Biojoias e Thais Fread.
Formulário de interesse
O primeiro ciclo do Exporta DF tem apoio do Sindicato das Indústrias do Vestuário do DF (Sindiveste-DF) e atenderá empresas do setor. Os próximos ciclos contemplarão outros segmentos industriais — o formulário para manifestação de interesse em participar, aberto a qualquer setor da indústria, está disponível (clique aqui).
Para mais informações, entre em contato com o CIN-DF: (61) 3362-6122/6132 ou cin@sistemafibra.org.br.
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