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A Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com as federações, promoveu na tarde de quinta-feira, 22 de novembro, o 4º Diálogo da Rede Sindical da Indústria. A videoconferência tratou do cenário depois das eleições e das prioridades da indústria para os primeiros cem dias do novo governo federal.
No Distrito Federal, líderes e representantes sindicais, diretores e técnicos da Federação das Indústrias do DF (Fibra) reuniram-se na sede da Federação para participar. O Diálogo da Rede Sindical faz parte das atividades do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA). A terceira edição ocorreu em abril.
A videoconferência foi conduzida por profissionais da CNI: o diretor de Políticas e Estratégia, José Augusto Coelho; o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade, Renato da Fonseca; e o gerente-executivo de Assuntos Legislativos, Marcos Borges. A moderação foi feita por Camilla Cavalcanti, gerente-executiva de Desenvolvimento Associativo.
No debate, foi detalhada a Agenda dos 100 Dias – entregue pela CNI ao futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes. O documento traz as prioridades da indústria para os primeiros meses do novo governo. São três grandes pilares: equilibrar as contas públicas e aumentar a eficiência do Estado; transformar o ambiente de negócios; e explorar as fontes de crescimento e de emprego. As ações sugeridas foram divididas entre as que devem se iniciar e terminar em cem dias e as que têm de começar ou pelo menos ser anunciadas nesse período.
O diretor de Relações do Trabalho e Apoio Sindical da Fibra, Fernando Japiassu, enfatizou a importância do debate. “A mudança é radical: nós vamos sair de um governo de base assistencialista e ir para um com uma política basicamente de meritocracia. Isso pede que o setor faça reflexões e analise os próximos passos.”
Apesar da preocupação com as mudanças, a confiança do setor industrial brasileiro em novembro foi a mais alta em oito anos: chegou a 63,2 pontos. A pesquisa, divulgada pela CNI horas antes do Diálogo da Rede Sindical, foi um dos assuntos do encontro. “Depois das eleições, houve extraordinário aumento da confiança dos empresários. O mesmo fenômeno vem ocorrendo na área da confiança do consumidor. Estamos terminando o ano com melhora de expectativas e de confiança e isso deverá se transformar em melhor consumo”, afirmou José Augusto Coelho, diretor de Políticas e Estratégia da entidade.
Durante o diálogo também foi feita uma análise do cenário legislativo e da relação dos novos parlamentares com o presidente eleito, Jair Bolsonaro. Segundo o gerente-executivo de Assuntos Legislativos da CNI, Marcos Borges, o novo presidente fez uma bancada relevante. “O governo Bolsonaro precisa construir uma coalizão com alguns partidos no Senado para aprovar mudanças constitucionais que pretende realizar. Entretanto a base de apoio do governo na Câmara dos Deputados é suficiente para aprovar projetos de lei ordinária e medidas provisórias que exigem maioria simples”, afirmou.
A Rede Sindical da Indústria foi criada em 2015 para intensificar o alinhamento, a mobilização em temas de interesse comum e a troca de informações entre sindicatos, federações e CNI. O objetivo do Diálogo da Rede Sindical da Indústria é promover o alinhamento técnico entre as entidades acerca dos caminhos prioritários para ampliar a atuação nas indústrias representadas.
Texto: Aline Roriz Foto: Moacir Evangelista/Sistema Fibra Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra