Defesa de interesses do segmento industrial, fortalecendo as bases desenvolvimento para a construção de uma indústria forte, dinâmica e competitiva
FIBRA
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A indústria do Distrito Federal tem se mobilizado nos últimos anos para ampliar a participação nos mercados internacionais. Nesta linha de ação, a Federação das Indústrias do DF (FIBRA), por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN), vem desenvolvendo parcerias que possam levar a esta amplitude do comércio exterior. Na prática, é um trabalho quase que silencioso, que envolve reuniões, participações em feiras e a mostra da marca DF como produto de qualidade capaz de conquistar os consumidores mais exigentes mundo afora.

Se fizermos uma análise da evolução das exportações locais nos últimos 11 anos, constataremos que em 1997 as vendas externas chegaram a US$ 8,033 milhões. Este resultado daquela ocasião representa atualmente menos daquilo que estamos vendendo para outros países a cada mês. O advento comercial somente começou a ganhar volume na metade desta década. Ou seja, em pleno século 21. Então, percebeu-se que até aquele momento a capital federal não dispunha de uma política capaz de alavancar as indústrias, ainda muito insipientes.

Mas o cenário vem se modificando. A partir de 2005, as vendas para o mercado internacional atingiram a marca dos US$ 60,1 milhões; em 2006 alcançou US$ 66,16 milhões; e, no ano passado, US$ 81,528 milhões. A prova inconteste deste avanço veio com a divulgação do resultado da balança comercial do primeiro semestre de 2008. Entre janeiro e junho, as indústrias enviaram para o mercado internacional o equivalente a US$ 74,12 milhões em produtos, ou seja, 90,91% do total registrado no ano passado.

Este desempenho nos leva a acreditar que devemos encerrar o ano com algo superior a US$ 100 milhões em exportações. Isso é ainda pouco se compararmos com outros Estados que têm o predomínio exportador. Mas é o claro sinal de que estamos no caminho certo. Exportar gera desenvolvimento econômico, emprego e renda. E este é o papel que o setor industrial faz em resposta a compromisso assumido com os governos federal e local.

Brasília se solidifica como a cidade do setor produtivo. É muito mais do que a capital administrativa e política do país. Para ampliar ainda mais o leque de opções neste mercado internacional, a FIBRA vem promovendo rodadas de negócios com representações diplomáticas e empresários dos mais diversos continentes. Recentemente, uma delegação do Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa se reuniu na sede da federação com indicativos de abertura para o mercado chinês.

O fluxo comercial com a China ainda não tem as dimensões que pretendemos. Mas o trabalho que se programou permitirá que possamos colher dividendos dentro de mais alguns anos. Nesta mesma linha de atuação, pretendemos ampliar o comércio com os países da América do Sul. No momento, a Venezuela lidera o ranking de importadores da indústria do DF com a marca de US$ 32,755 milhões nos seis primeiros meses deste ano. Isso equivale a 44,19% das vendas externas das indústrias do DF.

Agora, estamos mirando a Colômbia. Por meio de uma articulação do Palácio do Planalto, a FIBRA irá liderar uma delegação de industriais de Brasília na missão oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre os dias 18 e 21 de julho, em Bogotá. Esse intercâmbio vem sendo mediado pela Proexport – entidade do governo colombiano que promove o comércio e os investimentos estrangeiros. Ao mesmo tempo, as indústrias brasilienses recebem o suporte a Apex-Brasil.

Os colombianos estão interessados na troca de informações nos segmentos de turismo, tecnologia da informação e comunicação, alimentos, petroquímica, metalmecânica, siderurgia, defesa, infra-estrutura portuária e construção civil. Então, trata-se de um caminho que se abre para firmarmos como desbravadores de um mercado cuja tendência é se expandir, cada vez mais, respeitando a vocação industrial da DF.

Antônio Rocha, presidente da Federação das Indústrias do DF (Fibra)

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