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FIBRA
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Em cerimônia na manhã de quinta-feira, 22 de fevereiro, Ricardo Cappelli foi empossado no cargo de presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). O evento ocorreu no Ministério do Planejamento, na Esplanada dos Ministérios.
Criada em 2004, a ABDI compõe o Sistema S. Vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, tem como função estimular a transformação digital e a adoção de novas tecnologias pelo setor produtivo, especialmente a indústria.
Cappelli tem 52 anos, é jornalista e especialista em administração pública. Nomeado em 2 de fevereiro pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sucede a Cecília Vergara à frente da agência. O mandato é de quatro anos e o presidente pode ser reconduzido ao cargo por mais quatro. Antes de assumir a ABDI, Cappelli foi por um ano secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, cargo que deixou em janeiro.
Empossado pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, Cappelli falou dos projetos para a ABDI no caminho da modernização do parque fabril nacional. “A nova indústria é inovadora. A nova indústria é sustentável. A nova indústria é digital. Nós temos uma oportunidade gigantesca neste momento. O Brasil tem a matriz energética mais limpa do G20, com possibilidades imensas de atrair empresas neste momento de debate de transição energética no mundo”, afirmou.
Cappelli também defendeu o programa Nova Indústria Brasil, política industrial lançada pelo governo federal em janeiro, que prevê investimento e financiamento para o setor industrial até 2026. “Apresentam argumentos de impacto fiscal dos R$ 300 bilhões [previstos para financiamento do programa pelo governo federal]. São recursos à taxa de mercado, uma parte com subsídios para inovação.” O presidente da ABDI comparou, em dólares, investimentos parecidos pelo mundo, que no Nova Indústria Brasil são de US$ 60 bilhões. “Os Estados Unidos estão colocando US$ 1,9 trilhão no processo de retomada da economia, a União Europeia, US$ 1,7 trilhão, o Japão, US$ 1,5 trilhão, e o Brasil não pode colocar US$ 60 bilhões, por que vai causar desequilíbrio macroeconômico?”, questionou.
Presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) e vice-presidente executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Jamal Jorge Bittar representou o presidente da CNI, Ricardo Alban, na cerimônia, compondo a mesa. Ao parabenizar Cappelli pela posse, afirmou ser mais uma ação positiva do governo federal pela reindustrialização do País. “A indústria é fundamental para o desenvolvimento do Brasil e faz parte do projeto de governo do presidente Lula e do ministro Geraldo Alckmin, o que deixa muito entusiasmados os grupos industriais do Brasil, especialmente a Confederação Nacional da Indústria.”
Jamal reforçou a importância do investimento previsto para o Nova Indústria Brasil e citou pontos que merecem atenção para que ocorra crescimento do setor. “A indústria nacional é criativa, o que ela precisa é de condições que devem ser dadas pelo Estado. É impossível trabalhar, por exemplo, com taxas de juros escorchantes. Nenhum país trabalha com taxas de juros a quase 8% de juro real. Isso inviabiliza qualquer investimento a longo prazo da indústria”, alertou.
Ao encerrar a cerimônia, o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin tratou sobre a importância de se fortalecer no Brasil a indústria do futuro. “Uma indústria inovadora, uma indústria sustentável. O Brasil é o campeão da energia limpa, renovável. Podemos fazer hidrogênio verde, de baixo carbono, com energia eólica, solar e bicombustíveis. Vamos ter todas as rotas tecnológicas, carros elétricos, plug-in, híbridos”, concluiu.
Também participaram da cerimônia a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.
Pela indústria, compareceram à posse o diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da CNI, Rafael Lucchesi, e, representando a Fibra, o 1º vice-presidente, Pedro Henrique Verano; a diretora de Assuntos Institucionais e Governamentais, Danielle Bastardo; a diretora secretária, Maria de Lourdes da Silva; e os diretores Financeiro, Antônio Eustáquio de Oliveira, de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Antônio Bueno Magalhães Júnior, de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Graciomário de Queiroz, e de Relações do Trabalho e Apoio Sindical, Fernando Antonio Bezerra Japiassu.
Também assistiram à cerimônia os presidentes do Sindicato das Indústrias da Informação do DF (Sinfor-DF), Carlos Jacobino Lima, do Sindicato das Indústrias de Alimentação de Brasília (Siab), Pedro Nicola, do Sindicato das Indústrias da Madeira e do Mobiliário do DF (Sindimam-DF), Rosana Souza Aguiar, do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do DF (Simeb-DF), Clístones Pedreira, e do Sindicato das Indústrias do Vestuário do DF (Sindiveste-DF), Walquiria Pereira Aires, além do diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do DF (Senai-DF) e superintendente do Serviço Social da Indústria do DF (Sesi-DF), Marco Secco.
Texto: Nilson Carvalho
Foto: Gabriel Lemes/MDIC
Assessoria de Comunicação da Fibra
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