FIBRA
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A realização de encontros de negócios internacionais tem sido uma prática constante da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra). Com olhar sobre negócios internacionais, a entidade busca estimular a cooperação entre diferentes países e gerar novas oportunidades de negócios. E os países da África tem mostrado abertura para essa prática. No ano passado, foram realizados três encontros com representantes de países do continente africano. Em fevereiro, recebemos a visita do embaixador e do conselheiro de Camarões e a visita dos embaixadores do Sudão e do Benin. Em maio, realizamos o seminário Brasil-África. Já em outubro, foi a vez da África do Sul realizar um evento na Fibra. Hoje (26) foi a vez de Togo – ou República Togolesa -, um país com características bem próximas às do Brasil.
A missão que visitou a Fibra foi liderada pelo ministro do Comércio e Promoção do Setor Privado da República do Togo. Sr. Kwesi Seleagotji Ahoomey-Zunu. O intuito da visita do grupo foi apresentar e conhecer oportunidades de negócios entre instituições e empresas das duas nações; além de outros 14 países da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), bloco econômico que reúne 200 milhões de habitantes do continente africano. O presidente em exercício da Fibra, José Luiz Diaz Fernandez recebeu a comitiva, composta ainda por oito representantes da nação africana. “A globalização eliminou as fronteiras físicas. Cabe a nós refletir se ainda manteremos fronteiras no mundo dos negócios”, disse o empresário, que também é presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimovel).
Técnicos da Fibra apresentaram aos convidados africanos o potencial de Brasília, que está localizada no centro do Brasil e apresenta rotas comerciais para todo o País e para América do Sul. Foi citado que a Capital Federal possui o maior PIB per capta brasileiro, ou seja, o brasiliense tem alto grau de consumo, sendo o DF o terceiro pólo de compras do País, atrás apenas de São Paulo e Rio Janeiro. “Soma-se a esse dado o fato de que o funcionalismo público instalado em Brasília possui estabilidade no emprego, o que dá maior liberdade de consumo de produtos de alto valor nos setores de varejo e serviços. São vantagens comparativas que fazem valer a pena investir no Distrito Federal. Não ficamos devendo em nada para parques industriais de outros estados brasileiros. Apenas temos menor escala e características diferenciadas”, avaliou José Luiz.
Por outro lado, o ministro Kwesi Seleagotji Ahoomey-Zunu demonstrou que Togo tem vantagem pela proximidade com o Brasil e pela tradição histórica. “Não somos um país grande, mas temos localização estratégica. A intenção do governo é aumentar o porto para facilitar o acesso a países como Dakar e Angola”, avisou.
Exportações – Em 2011, as exportações do Brasil para Togo registraram US$160,48 milhões. O parceiro africano recebe produtos de 13 estados brasileiros, que contemplam toda a região sul, sudeste e centro-oeste além de três estados do nordeste. O DF exportou para Togo US$15,45 mil, sendo que os produtos são o frango e Bexigas e estômagos de animais.No ano de 2012, as exportações brasileiras para o país já chegaram a meta de US$7,93 milhões e o DF ainda não possui nenhum produto exportado para lá.
Já no que se refere às importações, o Brasil comprou US$6,77 milhões de Fosfato Togolês em 2011. Os estados importadores são Paraná e Rio Grande do Sul. Já em 2012 o valor registrado até fevereiro foi de US$3,51 milhões importados somente pela Bahia.
A visita ao Brasil se estende até o dia 4 de abril. Após Brasília, recebem a visita do grupo as cidades de Recife, Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. O encontro antecede a visita do presidente da República do Togo, Faure Gnassingbe, que chega ao País no dia 18 de junho de 2012.
Texto: Patrick Selvatti
Fotos: Nilson Carvalho