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FIBRA
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“A tecnologia permite o alcance de mais clientes, mas é necessário usar as ferramentas adequadas. É disso que estamos em busca: entender o que é melhor para a empresa”, disse o gerente da Pedreiras Contagem, Éder Lira (foto). Ele participou de um dos workshops sobre maturidade digital promovidos pelo Hub da Indústria do DF, projeto que busca promover a tecnologia na cadeia produtiva e enfrentar o baixo desenvolvimento digital dos pequenos e médios negócios da indústria brasiliense.
A série de workshops ouviu empresários, industriários e representantes dos segmentos de vestuário, de alimentos, de construção e de mármore, granito, artefatos, cimento e concreto sobre o processo de produção alinhado ao uso de ferramentas tecnológicas.
Foram três dias de programação, de 8 a 10 de novembro, na Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra). A condução foi da Diretoria de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico.
Lira participou da edição de quinta-feira (10) e conheceu melhor a proposta de trabalho do Hub da Indústria, que vai atender empresas com atividades de apoio à transformação digital, tais como capacitações, apresentações de soluções e interação entre os participantes. “Atualmente, utilizamos panfletos, comerciais em rádio e o famoso boca a boca para chegar ao mercado, contudo queremos captar novos públicos, daí a necessidade de usar mecanismos que colaborem para esse propósito”, explica o gestor.
Na ocasião, foi exibida uma pesquisa feita neste ano pelo Hub da Indústria com 156 micro e pequenas empresas do setor industrial na capital federal:
– De 56 a 73% não vendem digitalmente, sendo que 20% atendem demanda online de forma improvisada;
– 63% não têm profissional com qualificação para operar ferramentas de marketing e softwares de gestão e operação;
– 42% não acompanham métricas de redes sociais, embora 95% estejam presentes em algum canal;
– 42% não usam ferramenta de gestão de estoque, o que tem impacto direto em desperdícios.
Ao final de cada encontro, os participantes responderam a um questionário sobre o perfil do empreendimento. A partir do diagnóstico, foram elencadas as principais demandas. Com esses dados, será possível indicar as capacitações necessárias para o uso estratégico de tecnologias digitais.
O diretor de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da Fibra, Graciomário de Queiróz, afirma que a indústria de Brasília tem condições de atender às demandas locais e de contribuir para o crescimento econômico da cidade. “O caminho para avançar é a tecnologia. É preciso mergulhar no cenário da digitalização e usar ferramentas que aumentem a produção e ampliem a competividade dos negócios.”
O Hub da Indústria
É um projeto aprovado em edital da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), inscrito pela Fibra, pela Biotic S.A. — empresa gestora do Parque Tecnológico de Brasília —, pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no DF, pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) e pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT) da Universidade de Brasília.
A proposta é que seja implementado no Biotic, até o fim do ano, um espaço físico para acompanhar os participantes nas ações do Hub da Indústria do DF. Os temas centrais são voltados ao aumento de receita, à visibilidade e à competitividade. Sessenta empresas serão atendidas gratuitamente na primeira etapa.
