Defesa de interesses do segmento industrial, fortalecendo as bases desenvolvimento para a construção de uma indústria forte, dinâmica e competitiva
FIBRA
Getting your Trinity Audio player ready...

20539530225 ef6288f857 kA falta de trabalhador qualificado compromete a competitividade, os avanços tecnológicos e a inovação nas empresas. O gargalo é apontado como um dos principais problemas enfrentados pelos empresários brasilienses, segundo Sondagem Industrial do DF, divulgada pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra). Em São Paulo, de 12 a 15 de agosto, o Anhembi Parque reúne os melhores técnicos do mundo, 1,2 mil estudantes de 60 países com habilidades para executar tarefas que simulam o dia a dia das profissões que escolheram, dentro de prazos e padrões internacionais, utilizando ferramentas, insumos e maquinários tecnologicamente avançados. Trata-se da WorldSkills Competition 2015, realizada pela primeira vez em um país da América Latina.

E para conhecer estes profissionais e o que há de mais moderno em termos tecnológicos na indústria mundial, empresários de vários segmentos industriais do DF desembarcaram nesta quinta-feira (13/08) em São Paulo. Representantes dos setores de alimentação, vestuário, madeira e mobiliário, gráfico, eletroeletrônicos, grãos, metalomecânico, entre outros, visitaram a maior competição de educação profissional do mundo.

Para a presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário do DF (Sindiveste) Walquíria Aires, a presença dos asiáticos não passou despercebida na WorldSkills. “Eles realmente estão dominando os manufaturados no mundo. Isso serve de um alerta para nós, brasileiros, tanto na parte técnica, quanto na parte de graduação dos nossos alunos de moda”, explica. Walquíria enfatiza que os estudantes precisam aprender a compreender todo o processo realizado no chão de fábrica. “Não basta fazer belos desenhos. É preciso entender de modelagem, de acabamento, de produção e de pontualidade na entrega daquilo que você se propõe a fazer”, finalizou a presidente

Segundo o presidente do Conselho temático de Relações do Trabalho da CNI, Alexandre Furlan, que acompanhou a comitiva do DF durante a visita ao Anhembi, a WoldSkills no Brasil demonstra a importância que é o ensino técnico no mundo. “Ver delegações de jovens que vêm aqui e nos demonstram um conhecimento muito acima da média – inclusive daqueles que estão cursando a faculdade – nota-se quanto tempo o Brasil perdeu em perceber que não é o caminho universitário que propicia o crescimento do mercado de trabalho”, disse. Para Furlan, o Brasil “precisa mudar o foco” e buscar exemplos de sucesso como a Alemanha e a Coreia, que investem na educação profissional. “Temos que valorizar nossos jovens e a fácil adaptação que eles têm no terreno tecnológico, estando mais incorporados ao processo produtivo”.

Sondagem Especial – Emprego na Indústria, realizada pela CNI, feita com 2, 3 mil indústrias de todo o País, revela que a retenção de trabalhadores qualificados, com 34% das respostas, foi a segunda razão pela qual as empresas evitaram demissões.

Além disso, a própria população acredita que o ensino técnico amplia a oportunidade de emprego. Pesquisa feita pela Confederação com o Ibope mostra que 90% dos entrevistados concordam que quem faz ensino técnico tem mais oportunidades no mercado de trabalho de que quem não fez nenhum curso. Sobre os salários, a percepção também é positiva: 82% concordam que os profissionais com certificado de qualificação profissional têm salários maiores do que os que não têm.

“Obviamente, mesmo em época de recessão econômica, o empresário opta em não demitir o empregado qualificado. É melhor reter o funcionário em momentos de baixa utilização da capacidade instalada ao ter que contratar e treinar uma pessoa desqualificada futuramente”, explica o presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas, Pedro Henrique Verano.

O Senai

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) é um dos cinco maiores complexos de educação profissional do mundo e o maior da América Latina. Mantém cursos voltados a 28 áreas da indústria brasileira, desde a iniciação profissional até a graduação e pós-graduação tecnológica e, desde que foi criado, em 1942, formou 65 milhões de trabalhadores. Atualmente, tem 518 unidades fixas e 504 unidades móveis em 2,7 mil municípios. O Senai também mantém uma rede de institutos de inovação e tecnologia que presta serviços laboratoriais e de desenvolvimento de produtos e processos para a indústria.

O Brasil na WorldSkills

Cinquenta e seis jovens profissionais, com menos de 22 anos de idade, representaram o Brasil na 43ª WorldSkills. A equipe brasileira é formada por 50 alunos formados pelo Senai e seis do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Essa é a maior delegação já reunida pelo País para a competição internacional. A seleção dos brasileiros para a competição mundial começa nas escolas de formação profissional. Os melhores alunos são convidados a participar da etapa estadual da Olimpíada do Conhecimento.

Suzana Leite
Assessoria de Imprensa da Presidência
Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra)
e-mail: suzana.leite@sistemafibra.org.br
Foto: Divulgação/WorldSkills
Telefones: (61) 3362-6139 / 9956-2447

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *